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Hinos do quarto | Bedroom hymns | Tradução

Summary:

Harry convida Draco para jantar do nada. Draco está prestes a descobrir que jantar não é a única coisa que Harry pensa.

Notes:

  • A translation of [Restricted Work] by (Log in to access.)

Tradução revisada de fã para fã. Podem existir pequenas adaptações para melhor compreensão em português brasileiro, sem alterar o conteúdo original. Não permito a repostagem da minha tradução. Esta fanfic pertence a Writcraft.

Work Text:

Draco observa Harry do outro lado da mesa. Suas feições parecem mais angulares à luz das velas e seu queixo está sombreado por uma barba por fazer escura. Sua aparência é surpreendentemente agradável. Ele obviamente tentou escolher algo elegante por razões que Draco não consegue sequer imaginar. Ele está bonito, vestido com um elegante blazer trouxa e uma camisa impecável, aberta o suficiente para expor uma tentadora área de pele e um toque de pelos escuros no peito. A mudança do traje casual habitual de Potter faz Draco se perguntar se isso deveria ser um encontro, apesar de nenhum dos dois jamais ter mencionado a palavra. Harry certamente parece nervoso, tagarelando a cem por hora e quase quicando nas paredes. Se Draco não soubesse, atribuiria a energia nervosa de Harry a uma ou outra substância trouxa. Como ele sabe, não consegue deixar de se perguntar se é o jantar romântico à luz de velas que está deixando Harry tão nervoso. Draco estreita os olhos e enxuga os cantos da boca com um guardanapo. Harry interrompe a frase no meio, seus olhos desviando-se para os lábios de Draco e voltando a subir. Draco ergue uma sobrancelha e percebe o rubor no pescoço de Harry. Interessante. Ele esboça um leve sorriso para Harry.

"Tem algo em mente, Potter?"

“Não.” Harry balança a cabeça e dá uma garfada na comida. Draco não faz ideia do que fez para deixar Harry tão inquieto. Ele adoraria imaginar que é seu charme irresistível, mas algo lhe diz que é mais do que isso. Além disso, Potter não tem exatamente se encantado nos últimos dois anos de convivência. Depois de um ano discutindo sobre tudo que se podia imaginar, Shacklebolt ameaçou bater as cabeças dos dois uma na outra e a relação de trabalho deles melhorou um pouco. Chegou quase ao ponto em que Draco podia se referir a Harry como amigo sem rir. Isso foi antes de Harry começar a evitar Draco, se escondendo nas salas de reunião com Weasley sempre que Draco estava por perto. O comportamento de Harry estava fora do normal há semanas, mesmo antes de ele invadir o escritório de Draco e convidá-lo para jantar completamente do nada. Ele tem inventado qualquer desculpa para evitar conversar com Draco por muito tempo e tem sido mais desajeitado do que o normal, embora isso não seja exatamente uma novidade. Antes do que quer que tenha causado a mudança repentina no humor de Harry, ele tratava Draco com a mesma naturalidade com que tratava qualquer outro colega do Ministério. Draco não consegue deixar de se perguntar se os rumores sobre Harry estar interessado em homens são verdadeiros, mas não tem certeza se é um assunto educado para se abordar durante o jantar. O fato de ele estar jantando em um ambiente tão íntimo com Harry Potter já é peculiar o suficiente. A última coisa que ele quer é tornar tudo ainda mais estranho ao levantar uma de suas muitas perguntas sobre as inclinações de Harry.

"Shacklebolt estava elogiando você hoje", diz Harry. Seu rosto é tão expressivo e aberto. Ele empurra os óculos para cima do nariz e Draco não consegue deixar de se deter na linha forte de seu queixo e na maneira como seu pomo de Adão se move em sua garganta. Isso faz Draco querer chupar uma marca no pescoço de Harry e passar a língua pela parte da pele de Harry onde seu pulso bate mais forte. A dor de cabeça tensional que o incomodou o dia todo retorna e Draco esfrega a têmpora com uma careta. Ele não está acostumado a ser pego de surpresa por nenhum de seus encontros. Ele não está acostumado a ter que questionar se é mesmo um encontro. Geralmente é óbvio quando as pessoas estão flertando com ele e, a essa altura da noite, ele geralmente sugere com um tom de voz grave que pulem a sobremesa. Potter é, como sempre, um enigma. Uma onda desconhecida de prazer antecipado se instala na barriga de Draco e ele precisa ter uma conversa séria consigo mesmo se estiver encantado com Potter enfiando boeuf bourguignon na boca de maneira deselegante. O inconveniente de tudo isso é que Harry é exatamente o tipo de Draco. Em forma, sem ser atarracado. Atlético e cheio daquele tipo de energia inquieta que poderia ser muito bem aproveitada no quarto. Harry é um pouco mais baixo que Draco, e até mesmo seu cabelo bagunçado e despenteado parece menos ofensivo do que o normal, principalmente porque faz Harry parecer bem fodido.

"Ele estava?" Draco afasta os pensamentos sobre foder Potter dos confins da mente e dá mais uma mordida na comida. "Talvez ainda haja esperança para o nome Malfoy."

"Sim." Harry dá de ombros, voltando à comida enquanto um calor percorre a pele de Draco. Cada nervo do seu corpo parece programado para reagir às ações mais inofensivas de Harry. Draco não sabe nada sobre a vida privada de Harry, não mesmo. Apenas rumores e boatos. É perfeitamente possível que os fofoqueiros estejam tão lamentavelmente equivocados sobre Harry quanto sobre Draco, e mesmo que não estejam, estar perto de outro homem interessado em homens dificilmente é uma ocorrência rara. Certamente não é desculpa para Draco ficar excitado e incomodado com Potter. Deve ser por causa das velas.

“Obrigado por ter vindo esta noite”, diz Harry. Ele empurra o prato para longe e amassa o guardanapo sobre a mesa, depois de limpar a boca. É preciso mais esforço do que deveria para não ficar olhando para os lábios de Harry.

"O prazer é meu." Draco se surpreende ao admitir que é realmente um prazer. Felizmente, sua voz permanece fria e controlada, apesar de sua camisa parecer estar grudada nas costas e ele ter que puxar a gola da camisa com o dedo. "Eu pago."

"Eu disse que era por minha conta." Harry ergue os olhos e encontra o olhar de Draco. Ele se remexe na cadeira e levanta o queixo como se estivesse travando uma batalha interna, e olhar para Draco de frente aumenta seu desconforto.

"Sou podre de rico, Potter." Os lábios de Draco se curvam em um sorriso irônico. Ele toma um gole de vinho, uma gota de líquido se acumulando em seu lábio. Ele a limpa com um estalar de língua. "Além disso, eu te devo uma."

Harry ergue as sobrancelhas, um sorriso brincando em seus lábios. 

"Ah?"

"Pelo café da semana passada." Draco acena com a mão, desdenhosamente, recusando-se a dizer por salvar minha vida ou por me manter fora de Azkaban.
Harry ri, e o som é rico, quente e grave. Isso mexe com o corpo de Draco. Coisas extremamente inconvenientes. "Bem, se você insiste."

"Sim, eu insisto." Draco gesticula em direção à conta e não olha para Harry enquanto confere os itens. "Que tal um último drinque lá em casa?"

"Por favor."

Draco termina de assinar seu nome com um floreio e tenta não pensar no fato de que a aceitação da oferta por Harry soou quase como um suspiro.

*

Se alguém tivesse dito a Draco, alguns anos atrás, que ele estaria sentado em sua sala de estar conversando amenidades com um Harry Potter inquieto — conversando amenidades e gostando disso —, ele teria achado que essa pessoa estava completamente iludida. É claro que ele não sabia, naquela época, que Harry seria aquele que se levantaria diante do Wizengamot, com a barba por fazer e olheiras, lutando para que os bens de Draco permanecessem sob seu controle. Ele não sabia que Harry defenderia a revogação da sentença de Draco em Azkaban em favor de uma doação de caridade e da inscrição de Draco em um programa do Ministério para filhos de Comensais da Morte projetado por Granger. Draco deve a Potter mais do que um espaguete à carbonara e algumas taças de vinho tinto medíocre, por mais que ele deteste admitir isso.

"Mais um conhaque?" Draco ergue a garrafa e Harry acena com a cabeça, inclinando o copo vazio na direção de Draco.

"O que você está pensando?" Harry toma um gole de conhaque, estremecendo ao engolir. Draco não está totalmente convencido de que Harry goste de conhaque. Ele resiste à vontade de dizer que é um dos melhores conhaques da adega dos Malfoy. Ele tem a sensação de que Harry não dá a mínima para a qualidade da bebida de Draco.

“Nada.” Draco lança um olhar rápido para Harry, permitindo-se um momento para apreciar a extensão de pele bronzeada sob a gola aberta da camisa de Harry e o jeans escuro que realçava suas pernas e coxas de forma irresistível. “Você está vestido para sair à noite. Deveríamos ter ido a um bar?” Draco mantém o tom deliberadamente casual, imaginando se os rumores sobre os bares que Potter frequenta são verdadeiros.

Harry dá de ombros. 

“Não sou muito fã de sair à noite.” Ele sorri, com um ar de cúmplice. “Não encontrei exatamente o que procurava no Aparecium.”

Draco prende a respiração e toma um gole cuidadoso de sua bebida para se acalmar. Os rumores estavam certos, então. Harry é tão gay quanto ele, ou bissexual. O Aparecium não é um lugar frequentado por bruxos heterossexuais procurando uma bruxa legal para se estabelecer. Draco se recompõe. 

“Estou surpreso por não ter te visto lá antes”, diz ele. É uma forma de confirmar eu também, sem ter que dar a Potter o seu discurso de revelação.

Os olhos de Harry brilham de interesse. Ele inclina a cabeça para o lado, observando Draco. 

"Não estou tão surpreso assim. Como eu disse, eu não saio muito."

Draco ergue as sobrancelhas para Harry. 

"Você já esgotou todas as suas opções?" Ele se pergunta se Harry às vezes sai dos banheiros com uma expressão de felicidade no rosto e um sorriso tranquilo. Ele sabe que Harry costuma sair para noites agitadas com seus amigos e imagina Harry deixando Weasley e Granger se beijando do lado de fora do All Bar One no final da noite, antes de sair para experimentar as saunas trouxas. Talvez Harry tenha um telefone trouxa como Draco, exclusivamente para noites em Londres e encontros sexuais fáceis, anônimos, mas frequentemente esquecíveis. Ele fica surpreso com a inesperada onda de ciúmes que o atinge ao pensar em Harry ajoelhado para outra pessoa. Draco engole em seco, com a boca seca. Cristo, quando esses desejos possessivos de tomar, reivindicar e possuir começaram a ser sobre Harry Potter, entre todas as pessoas?

“Dificilmente.” Harry ri, passando a mão pelos cabelos. Seus olhos brilham com um ar de quem bebeu demais e ele parece relaxado. Satisfeito. Ele hesita por um instante antes de continuar, com uma quietude incomum. “Não acho que haja muita gente naquele lugar que curta as coisas que eu curto.”

O pau de Draco se contrai dentro da calça e ele se ajeita discretamente, observando Harry. 

"Tipo?"

"Não." O rubor repentino nas bochechas de Harry o entrega. "Não vou discutir isso com você."

"Você pode muito bem", Draco sorri para Harry. "Tenho certeza de que conseguiria arrancar isso de você de qualquer jeito."

A garganta de Harry se contrai enquanto ele ri baixinho. 

"Tenho certeza de que sim. Não acho muito justo me dar conhaque e usar Legilimência quando eu menos espero."

“Não tenho certeza de onde você tirou a impressão equivocada de que eu tenho algum interesse em justiça.” Draco revira os olhos. É o mais perto que chegaram de flertar a noite toda, e uma tensão peculiar paira no ar. O ambiente vibra com energia, e Draco está repentinamente desesperado para desvendar cada um dos segredinhos pervertidos de Potter, arrancando-os de sua pele junto com suas roupas incomumente impecáveis. Ele gosta da ideia de bagunçar Harry. Gosta mais do que provavelmente deveria.

"Não gosto de falar sobre isso em detalhes." Harry faz um gesto de desdém. "Além disso, não é algo que te interesse."

"Como você sabe?" Draco encara Harry. "Suponho que você se ache a única pessoa que consegue ser um pouco pervertida?" Ele finge um bocejo, apesar de estar tão interessado em descobrir as peculiaridades dos fetiches de Potter que quase poderia sair da pele. Conhecendo a sua sorte, provavelmente são apenas fantasias sem graça e banais ou a sugestão picante de introduzir umas algemas fofinhas para dar uma risadinha. Potter provavelmente não reconheceria a perversão nem se ela pulasse e o mordesse na bunda.

"Você não quer saber da minha vida sexual." Harry lança um olhar curioso para Draco. Há um toque de desafio em seu olhar que faz Draco se sentir como se estivesse sendo testado.

"Alguma decepção amorosa do seu passado?" Draco bufa e toma outro gole de seu conhaque. "Não particularmente. Se você tiver algo interessante para compartilhar, talvez eu queira ouvir."

Harry parece estar conversando consigo mesmo, com uma expressão séria. O rubor em seu pescoço se espalhou pelo rosto e ele passa a mão pelo cabelo novamente, um sinal claro de que está nervoso e esperando o momento certo. Draco reprime as imagens em sua mente de Potter amarrado e implorando, pois não é uma boa ideia deixar seus pensamentos vagarem por esse caminho.

“Ouvi um boato”, diz Harry. Ele tem a mesma expressão determinada que assume quando interroga um suspeito particularmente difícil.

“Ouço muitos boatos”, responde Draco. Ele mantém o tom suave e não se intimida com a intensidade do olhar de Harry.

“Sobre você.” Harry esfrega o queixo e estreita os olhos. “Não acreditei no começo. Você deve ter ouvido algumas coisas sobre mim.”

“Ah, provavelmente estou familiarizado com a maioria delas.” Draco mal consegue conter o sorriso. Se o Profeta não fosse um jornal tão ruim, ele aplaudiria sua criatividade. Algumas das colunas de fofocas são realmente espetaculares, e Potter aparece com frequência nelas.

“Aposto que sim.” Harry faz uma careta. “Mas isso me deixou curioso. Esse boato em particular.”

"Perigoso", diz Draco. Ele não gostaria de admitir que sua curiosidade foi despertada. Um pensamento lhe ocorre e ele ergue uma sobrancelha para Harry. "É por isso que você tem me evitado?"

"Não!" Harry bufa e cruza os braços. "Estive ocupado."

"Tanto faz." Draco revira os olhos. Harry definitivamente o tem evitado. O fato de ele não admitir isso deixa Draco ainda mais curioso sobre a natureza desses rumores. Ele espera que sejam elogiosos. Outro rumor sobre o tamanho de sua conta bancária seria terrivelmente deselegante, para não dizer modesto. Geralmente, os rumores estão errados por algumas centenas de milhares de galeões, no mínimo. "Espero que você não tenha espalhado esse seu boato. A menos que seja um elogio, nesse caso, conte para quem quiser."

"Eu não contei a ninguém." Harry esfrega as mãos na calça jeans, outro sinal de nervosismo. Draco se pergunta o que o deixou com as palmas das mãos úmidas e coradas. Draco percorre o corpo de Harry com o olhar e lhe ocorre com uma clareza surpreendente que o boato — seja lá o que for — fez Potter se vestir bem. Isso levou Harry a convidar Draco para jantar daquele jeito brusco e casual demais dele e, em seguida, escolher algo sob medida e que lhe caísse bem para usar na ocasião. "Ocupado o caramba", murmura Draco.

"O quê?" Harry franze a testa para Draco.

"Nada." Draco lhe dá um sorriso inocente. "Meu Deus, desembucha, Potter. Já tive conversas mais fáceis com um Pigmeu Puff bêbado."

"Tudo bem." Ainda encarando, Harry respira fundo. Ele bate o dedo no lábio e então se sacode com um suspiro. "Alguém pode ter mencionado que você fazia coisas pervertidas." Ele engole em seco, o que é estranhamente reconfortante. "Tipo, chicotes e correntes, essas coisas."

O coração de Draco quase para no peito e ele precisa de um momento para responder. 

"Eles fizeram isso?"

"É." A confiança de Harry aumenta, como se tocar no assunto fosse a parte mais difícil. "Disseram também que você tem uma masmorra de sexo." Ele olha ao redor da sala como se esperasse que uma parede de magnólias deslizasse para revelar um banco de surra.

"Isso não é verdade." Draco pousa o conhaque e cruza as pernas. "Como você provavelmente pode ver."

"Que pena", diz Potter. Ele está sorrindo e sendo atrevido, de volta ao seu jeito de sempre. "Por que não?"

Draco gesticula para os arredores. 

"Moro em um apartamento trouxa em Chelsea. Mal tenho espaço para um closet e uma mesa de jantar com capacidade para mais de seis pessoas. Meu pai era muito generoso com presentes durante a minha infância, mas nunca cumpriu com aquele calabouço do sexo."

Harry ri e toma outro gole de conhaque. 

"Que grosseria da parte dele. O Natal deve ter sido horrível na Mansão."

"Terrível." Draco sorri para Harry, sentindo um calor subir ao peito. "Odeio quando não ganho presentes bons."

"Pirralho mimado", murmura Potter. Não soa como um julgamento, porém. Soa quase como carinho, e o calor no peito de Draco se intensifica.

"Com certeza." Draco lambe os lábios e mantém a voz calma. "Eu gosto de fazer as coisas do meu jeito."

"Foi o que ouvi." A voz de Harry é baixa e áspera. Seus olhos estão escuros e Draco não tem certeza se o calor em suas bochechas é da bebida ou excitação. De qualquer forma, é muita coisa para lidar.

“Não consigo imaginar que você não conseguiria encontrar alguém mais do que preparado para te dar uma surra, se é isso que você está procurando.” Draco observa o corpo forte de Harry e a simples ideia é quase suficiente para deixá-lo excitado. Harry ficaria encantador amarrado e suando.

"É um pouco mais complicado do que isso." Harry faz uma careta. "Eu não curto só isso." Ele esfrega a têmpora. "Não me sinto bem com as coisas que me excitam e não é o tipo de coisa que eu possa explorar com estranhos. Acho que não deixaria qualquer um me amarrar. É... difícil."

A ideia de por que isso poderia ser difícil deixa um gosto amargo na boca de Draco, que contrasta fortemente com a forma como seu coração dispara ao imaginar que Harry, dentre todas as pessoas, poderia confiar nele

"Você é um idiota se confiar em mim, Potter." Draco sabe que Harry não deixa de notar a cadência baixa de sua voz, nem como ela se atenua ao falar. "Ainda existe uma parte de mim que sentiria um enorme prazer em humilhá-lo se eu o tivesse em uma posição como essa."

"Eu sei." A voz de Harry é clara e forte. "Eu... não me importaria."

Cristo. Draco quase não consegue falar quando Harry diz isso. Potter é uma massa fervilhante de complicações, e isso acende outro calor possessivo inesperado que queima nas veias de Draco. Harry deve saber o quão perigoso é se deixar vulnerável e exposto, não apenas pedindo prazer, mas ansiando por humilhação. Draco consegue listar de cabeça pelo menos dez pessoas que sentiriam prazer sádico com essa situação sem se preocupar um momento sequer com o bem-estar de Potter.

"O que mais há?" Draco observa Harry. "Não é tão simples quanto 'os opostos se atraem', só porque eu gosto de ter o controle e você, aparentemente, gosta de abrir mão dele."

“Eu não sou estúpido.” Harry revira os olhos e dá um pequeno sorriso para Draco. “Eu consegui transar algumas vezes, você sabe.”

Isso desperta outra onda de ciúmes e Draco começa a suspeitar que está perdido. Ele quer uma lista de todos os cretinos que sequer passaram um dedo pelo torso nu de Harry, sem falar daqueles que fizeram qualquer outra coisa. De preferência para que ele possa amaldiçoar cada um deles. 

“Tão fácil, Potter.”

“É.” Os olhos de Harry estão brilhantes, e Draco não deixa passar despercebido o leve tremor que percorre seu corpo. “Tão... desesperado.”

Puta merda, Potter deveria fazer isso com todos os seus oponentes. Esqueça Avada Kedavra, ele poderia matar um homem adulto só de dizer coisas assim.

“Um garoto desesperado”, diz Draco. Ele não tem certeza de onde isso vem, mas claramente, em algum lugar nos recônditos mais profundos de sua mente, residem fantasias antigas sobre Harry Potter ser o garoto de Draco. Ele nunca gostou de ser chamado de papai ou de mimar seus amantes. Quando se envolve com eles, prefere a formalidade elegante de ‘Senhor’ e ele gosta de ser rude ao ponto de ser desagradável com qualquer homem enfadonho que tenha galeões nos olhos pela conta bancária de Draco. É diferente olhar para as bochechas coradas de Harry e sua bela roupa. O desejo de fazer todo tipo de coisa com Harry — humilhá-lo, infantilizá-lo, fodê-lo até que ele não aguente mais e, pior de tudo, protegê-lo — faz Draco repensar suas más escolhas sexuais antes de Harry.

“Merlin, sim.” Os olhos de Harry se fecham com força, e sua respiração fica ofegante. Draco ainda nem o tocou e suas pernas já estão abertas, a linha de seu pênis endurecendo visível mesmo através da calça jeans. Ele parece… delicioso. Como algo para ser desmontado e remontado. Depravado e desarrumado, ansioso para deixar que outra pessoa assuma o controle pela primeira vez.

"Você andou bebendo", diz Draco. Principalmente por falta de algo para dizer que não instigue algo que ele não tem certeza se seu coração traiçoeiro aguenta.

“Um pouco.” Os olhos de Harry se abrem e ele dá a Draco um sorriso preguiçoso. “Você também. Não temos poções para isso?”

"Talvez." A voz de Draco está mais rouca que o normal. Ele agita a varinha e murmura um feitiço de convocação, lançando um frasco na direção de Harry, que o apanha com destreza e engole de uma só vez. "Potter..." Draco esfrega a nuca e se surpreende ao perceber que está suando.

"Sim?" Harry parece lúcido, mas desafiador. Ele ergue as sobrancelhas para Draco. "Você vai me dizer que isso foi estúpido."

Draco assente, bebendo sua própria poção para ficar sóbrio e depositando o frasco na mesa. 

"Poderia ter sido qualquer coisa. Você é um idiota."

“Não.” Harry balança a cabeça, com um pequeno sorriso nos lábios. “Sou um auror, Draco. Sei distinguir uma poção de sobriedade de outras coisas. Não sou tão idiota quanto você pensa. Além disso, confio em você.”

Isso envia um calor agradável pelo corpo de Draco. 

"Por quê?"

Harry revira os olhos. 

"Porque aprendi a confiar nos meus instintos, é por isso."

"Você nem sempre confiou em mim", Draco ressalta.

"Não", concorda Harry. "Mas eu tinha bons motivos para não fazer isso, não é?"

"Talvez." Draco engole em seco, porque é claro que Harry estava certo em não confiar nele. É simplesmente inacreditável que sua opinião tenha mudado.

“Instinto.” Harry dá de ombros novamente. “Estou errado em confiar em você agora?”

Draco balança a cabeça. Ele tem vontade de dizer que não contaria a verdade se a confiança de Harry fosse mal depositada, mas não é, então ele não diz nada. Ele estreita os olhos para Harry. 

"Essas outras coisas…”

Harry dá um sorriso tranquilo para Draco. 

"Por que não começamos vendo como nos damos bem com o básico?"

Draco não vai discutir. Ele se levanta ao mesmo tempo que Harry e é como se o magnetismo no ar os atraísse. Draco já fez muito sexo, mas nunca se sentiu tão excitado pela simples possibilidade de beijar alguém como agora. Ele empurra Harry contra a parede mais próxima e captura sua boca ávida em um beijo que espera que deixe Harry fraco nas pernas, mas como sempre, Harry é inesperado. Ele funde sua boca à de Draco, quente e insistente, e puxa Draco para mais perto com um murmúrio baixo do nome de Draco que é pecaminosamente erótico. Para alguém que demonstrou um lampejo de submissão tímida, Harry parece não ter escrúpulos em atacar a boca de Draco com prontidão ansiosa, ou se esfregar contra ele com propósito. É requintado, a língua quente de Harry contra a de Draco e seu corpo rígido pressionado contra cada centímetro de Draco. As baforadas irregulares de ar que passam entre eles alimentam o calor nas veias de Draco até que o desejo o incendeie.

Draco acaricia o pênis de Harry por cima da calça jeans, reprimindo um gemido ao sentir sua ereção. 

“Maravilhoso.” Ele roça os lábios no ouvido de Harry e então dá um passo para trás para contemplá-lo. Seu peito arfa e seus lábios estão vermelhos e carnudos por causa dos beijos. Ele realmente parece divino quando está desgrenhado e perdido no prazer. “Tire a roupa para mim.”

Harry engole em seco, sua garganta se movendo. Ele parece querer protestar, o calor subindo do pescoço até o rosto. 

“Eu...”

“Você quer isso?” Draco observa Harry cuidadosamente, imaginando quais batalhas estão acontecendo dentro dele.

“Sim.” A voz de Harry está incomumente baixa e suave. Ele encara o olhar de Draco e aperta os dentes. “Mais do que qualquer coisa. Eu disse que é difícil. Abrir mão do controle.”

Draco assente, mesmo que um lampejo de medo o faça duvidar da conexão anterior. 

"É... a nossa situação?" É o mais perto que Draco consegue chegar de sou eu? sem se humilhar.

Harry franze a testa e então sua expressão se acalma, parecendo entender a pergunta que Draco realmente está fazendo. Ele dá a Draco um sorriso torto. 

"Eu já disse que confio em você, Malfoy. Pode parecer estranho, e eu não sei por que, mas confio. Mais do que em qualquer pessoa com algo assim." Harry faz uma pausa e bate os dedos na cabeça. “É o que está aqui em cima que torna tudo difícil. Tudo o que me diz que querer isso faz de mim um pervertido.”

O coração de Draco se aperta e ele encara Potter por fazê-lo sentir coisas. Ele volta para o espaço de Harry e passa um dedo pela linha do maxilar dele, sem deixar de notar como até mesmo o toque leve deixa a respiração de Harry ofegante. 

"Um garoto tão desesperado por mim. Um garoto tão safado.”

O gemido de Harry vai direto para o pau de Draco. Ele já está com os olhos vidrados e assente como se tivesse tomado uma decisão. 

"Tão safado." Sua garganta se contrai e ele afunda, lindo e impossível, de joelhos. Como eu devo—"

"— me chamar?" Draco levanta o queixo de Harry, pegando-o na mão e inclinando a cabeça para trás, observando a flexão e a pulsação do seu pescoço. Ele sabe como quer que Harry o chame, mas é inesperado e ele não tem certeza se quer ser quem o instiga. Ele tem a sensação de que Harry tem uma série de desejos reprimidos e a necessidade de fazê-lo articular cada um deles queima dentro de Draco. "Como você quer me chamar?"

As bochechas de Harry ficam deliciosamente rosadas enquanto ele acaricia a linha do comprimento de Draco com os dedos. Mesmo através da calça de algodão, o toque é perfeito. Deus, Draco quer arruinar Harry. Ele quer tê-lo esticado e exposto, respondendo apenas ao toque de Draco. Ele quer reivindicá-lo e fazê-lo implorar para tomar o pênis de Draco entre aqueles lábios pecaminosos. 

"Eu não sei."

"Mentiroso." Draco afasta a mão de Harry do seu pau, mesmo sabendo que provavelmente conseguiria gozar só com os dedos de Harry o pressionando. "Me diga." Ele enfia os dedos nos cabelos de Harry e puxa, com a voz firme e esperançosa, dando uma ajudinha a Harry. "Um garoto tão ansioso."

"Sim, papai." A voz de Harry falha. Ele fecha os olhos como se não suportasse olhar para Draco quando diz isso em voz alta. Se não fosse pelo tremor que percorre o corpo de Harry, Draco quase ficaria tentado a ser mais rigoroso com ele sobre isso.

“Olhe pra mim”, diz Draco. Ele espera até que Harry abra os olhos e pressiona a mão contra a bochecha dele, apenas para sentir o calor em sua palma. “Garotos bons não se escondem.”

"Não." A respiração de Harry está irregular e, porra, ele parece tão bonito que deixa Draco com água na boca. Seus olhos estão tão brilhantes e verdes. Por causa de todos os beijos, Draco já consegue imaginar como é a boca de Harry quando ele está chupando um pau. É desesperadamente perturbador, e tudo o que Draco consegue fazer é deixar Harry processar os pensamentos que parecem estar nadando em sua mente. "Não, eles não se escondem." Harry lambe os lábios e sua voz fica áspera novamente. “Papai”.

Draco acaricia a bochecha de Harry com o polegar. Ele está tão duro que seu pau estremece quando Harry o chama assim. A percepção de que ele não se importa muito com as fantasias de Harry, porque quer satisfazer cada uma delas, o invade. Ele mantém a voz calma, milagrosamente. 

"Achei que tinha mandado você se despir."

"Sim. Você mandou." Harry se senta sobre os calcanhares e, por um momento, parece que eles terminaram, mas então ele começa a desabotoar a camisa. Ele se levanta, e Draco não é tolo a ponto de não perceber que as pernas de Harry não o sustentam da mesma forma que costumam fazer, ou que seus mamilos ficam duros quando ele tira a camisa e a joga no chão. Finalmente, Harry está nu na frente de Draco e seu peito arfa enquanto ele se expõe ao olhar atento de Draco. Seu pênis é divino. Duro e em posição de sentido, pingando na ponta e ousado o suficiente para deixar Draco saber que Harry está definitivamente a fim disso. A garganta de Harry se move e ele encontra o olhar de Draco. “Está bom assim?”

Draco acena com a cabeça, antes de apontar para um ponto no chão. 

“Mais do que bom. Ajoelhe-se.”

Harry reprime um gemido, mas é como se algo dentro dele se libertasse e a energia reprimida de resistir aos seus desejos se rompesse. 

“Sim.”

Draco ainda está completamente vestido, mas está tão duro que é difícil pensar no que fazer com Harry. Ele o circunda, observando a curva atlética de suas costas e a maneira como seu pênis continua duro sob o escrutínio de Draco. Harry Potter está nu e ajoelhado no apartamento de Draco, e é muita coisa para assimilar. Draco finalmente para atrás de Harry, enfiando a mão em seus cabelos e inclinando sua cabeça um pouco para trás. Isso expõe a flexibilidade de seu peito e as linhas duras de seu corpo, a espessura de seu pênis e a maneira como ele se senta, já tão dócil, com as pernas abertas e os calcanhares sob o traseiro.

"Olha só você." Draco dá um puxão no cabelo de Harry. "Que garotinho ansioso."

“P-porra.” Harry solta o palavrão com dificuldade, as pálpebras tremendo. “Sim. Tão desesperado por isso.”

Pelo quê? É isso que Draco não consegue entender. Há algo por trás do apelo de Harry que vai além de uma foda ou um boquete — outro desespero silencioso que o atormenta. Algo que ele não consegue dizer em voz alta. Eles provavelmente deveriam conversar sobre isso em algum momento, mas não agora. Não quando o sexo parece muito provável e o peito de Harry sobe e desce, corado de excitação. 

"Você andou se tocando pensando nisso?"

É delicioso ver o calor que percorre as bochechas de Potter. Ele é tão aberto, mesmo quando parece estar lutando contra si mesmo. É quase mais do que Draco consegue suportar.

"Eu te fiz uma pergunta." Draco puxa o cabelo de Harry novamente e ele geme, baixo e carente.

“Eu pensei nisso.”

"Diga-me o que você estava fazendo quando pensou nisso." Draco olha para as pernas abertas de Harry e torce a mão no cabelo dele. "Me mostre."

A língua de Harry roça seus lábios enquanto sua mão se aproxima de seu pênis. 

"Não é... errado?" Ele quase parece esperançoso. Draco não tem certeza se consegue suportar isso, seu próprio pau já pressionando desconfortavelmente contra sua calça apertada.

Draco se afasta de Harry, soltando seus cabelos e fazendo Harry soltar um suspiro. Ele se senta em uma poltrona, fortuitamente posicionado para ver cada centímetro de Harry. 

"É claro que é errado." Draco se pergunta até onde pode ir e decide mostrar a Harry algo de seus próprios desejos. "Você não tem permissão para se tocar a menos que eu lhe dê permissão. Entendeu?"

Harry coloca as palmas das mãos logo acima dos joelhos e arqueia – arqueia mesmo – como se entendesse definitivamente. 

"Sim. Eu prometo."

"Bom garoto." Draco faz uma pausa. "Agora abra os olhos. Quero que você olhe para mim e me mostre o que faz quando está sendo travesso."

"Merlin." Harry soa mais como o seu eu normal por um momento, mesmo que fale baixinho e a palavra o deixe excitado. Depois de um minuto, ele parece se recompor um pouco e leva a mão ao pênis, acariciando-o e dando-lhe algumas estocadas rápidas. Ele sustenta o olhar de Draco enquanto o faz, e é tão pecaminosamente erótico que Draco mal consegue segurar a própria calça. "Assim?" A garganta de Harry se contrai, e sua voz fica baixa e entrecortada. "Papai?"

Draco morde o lábio para capturar o gemido que ameaça escapar de sua boca. Maldito Potter. Maldito seja o jeito como ele se infiltrou na vida de Draco de uma forma totalmente inesperada. Maldito seja o jeito como ele consegue fazer Draco sentir coisas além de meu pau está duro. Potter é realmente um desastre do caralho para Draco. Um desastre lindo e glorioso. Draco observa a maneira como a mão confiante de Harry trabalha em seu comprimento. Ele percebe como a respiração de Harry fica presa e vacilante e estuda o deslizar de seus dedos, o movimento de seu pulso e o toque de seu polegar sobre sua fenda, que já está úmida com o pré-gozo.

“Tão fácil. Tão desesperado.” Draco não perde o movimento da mão de Harry ou a maneira como seus quadris empurram para cima em resposta às palavras de Draco. Outro momento interessante. “Você ama isso, não é? Você quer ser usado.” Draco espera estar certo, molhando os lábios com a língua. Ele sente como se estivessem pisando em uma linha muito frágil e cada toque gentil parece precário.

“Sim.” A respiração de Harry está descompassada. “Eu gosto de ser usado. Gosto de receber ordens. Quero estar desesperado.”

Draco agora tem certeza de que há algo mais por trás do desespero, mas no momento tudo o que lhe importa é que Harry Potter está com seu pau na mão e ele está dando um show particular na sala de estar de Draco.

"Claro que sim." Draco observa Harry se acariciar e percebe, pelo jeito que seu maxilar se contrai, que ele está perto de gozar, mas tentando se conter. Draco estala a língua baixinho. "Garoto carente. Você sabe que não tem permissão para gozar?"

"Sim." Harry range os dentes e aperta a base do pau com força. Ele é tão adorável. Draco está fodido pra caralho. A mão de Harry para e ele olha para Draco com olhos escuros. Ele lambe os lábios e empurra para cima no círculo da mão, quase instintivamente. "Posso fazer alguma coisa por você?" Os olhos de Harry brilham e seus lábios se curvam em um sorriso. "Papai."

Ah Deus! Draco reprime um chiado e abre as pernas, chamando Harry para perto. Quando Harry se levanta, Draco balança a cabeça.

"Rasteje." Draco meio que espera que Harry diga não. Meio que quer que ele recuse, porque Draco tem uma terrível suspeita de que nunca mais conseguirá pensar em Potter sem ficar excitado.

"Ah." As bochechas de Harry ficam rosadas, mas ele não desobedece. Ele fica de quatro e, porra, Draco quer tomá-lo. Ele quer empurrar as pernas de Harry para cima e dedilhá-lo até que ele implore por isso. Ele quer que Harry implore pelo pau de Draco. O desejo que pulsa dentro dele é grande demais, demais. Ele se aperta na calça e não deixa de notar o olhar faminto de Harry.

“Venha aqui”, diz Draco. Ele já acenou para Harry se aproximar, mas sente que precisa deixar claro que 'aqui' significa seu pau. Ele desabotoa a calça, abrindo-a apenas o suficiente, mas sem se libertar das restrições da roupa. Ele quer que Harry faça isso. Quer que Harry beije avidamente por cima de sua boxer e depois o chupe.

“Estou indo.” Os olhos de Harry brilham e ele dá um sorriso para Draco enquanto se move. “Não estou indo, obviamente.”

Draco revira os olhos e solta uma risada. 

“Obviamente. Venha aqui e chupe meu pau, pelo amor de Deus.”

Harry ri baixinho, acomodando-se entre as pernas de Draco. Ele passa as mãos pelas coxas de Draco e o encara com os olhos semicerrados. 

"É um prazer.."

“O prazer é todo meu.” Draco sorri para Harry e então passa a mão pelos cabelos dele. Ele está todo arrepiado, com o pescoço úmido e manchas de suor. Isso ajuda a mente de Draco a divagar para outras situações envolvendo Harry nu, e é por isso que ele está mais do que pronto quando Harry coloca a boca em seu pau. 

“É seda”, murmura Draco. Ele não se importaria se Harry arruinasse cem pares de suas boxers, mas é bom repreendê-lo por fazer bagunça.

“Desculpe.” A voz de Harry está rouca, e ele se afasta. Ele alcança sua varinha como se estivesse planejando despir Draco com magia. “Devo tirar?”

“Use suas mãos. Sem magia.” Draco estende a mão, um pensamento terrível e perigoso ocorrendo-lhe. “Me dê sua varinha.”

Harry ergue uma sobrancelha para Draco e dá de ombros. 

"Certo." Ele entrega sua varinha a Draco, e a madeira fina entre os dedos de Draco vibra com o poder familiar da magia de Harry. Draco encara Harry e coloca a varinha na mesa ao lado da poltrona, ao alcance de ambos.

"Nunca, jamais, dê sua varinha a outro bruxo só porque está com tesão. Que tipo de Auror você é?"

Harry ri e concorda. 

"Anotado." Ele dá um sorriso preguiçoso para Draco. "Eu sei fazer magia sem varinha, Malfoy."

"Claro que sabe." Draco está quase desapontado porque entregar sua varinha aparentemente não significa a mesma coisa para Harry como significa para Draco, mas ele não se dá ao trabalho de reclamar quando Harry o tira de sua calça.

"Além disso", diz Harry, "eu não faria isso com mais ninguém. Só com você."

Draco está prestes a perguntar porquê, mas Harry escolhe aquele momento para levar o pênis de Draco até o fundo da garganta e decide que as perguntas podem esperar. Ele passa as mãos pelos cabelos de Harry e guia seus movimentos, percebendo como Harry responde bem a isso. Ele penetra a boca de Harry e o segura, apenas o tempo suficiente para que Harry se afaste de Draco com uma tosse. Seus lábios estão carnudos e ele limpa a boca e o queixo com as costas da mão.

"Desculpe", murmura Harry. "Não era minha intenção fazer isso."

"Você só vai ter que praticar." Draco deixa Harry recuperar o fôlego antes de guiá-lo para baixo novamente. "Aprenda a chupar o pau do papai direito, como um bom garoto."

Um nnngh abafado escapa de Harry, vibrando pelo pau de Draco, e é perfeito. Um Potter de cabelos despenteados em seu colo, deslizando a língua sobre Draco e o engolindo até a raiz novamente. A conversa suja parece revigorar Harry, que empurra Draco para o lado, apertando suas coxas enquanto começa a trabalhar. Definitivamente, há algo a se dizer sobre os grifinórios determinados e imprudentes, conclui Draco. Eles têm seus momentos. Ele puxa o cabelo de Harry novamente, pois isso provoca os mais deliciosos murmúrios de prazer que percorrem toda a extensão do pau de Draco. Tudo é quente e ofegante, com o som úmido da boca de Harry cobrindo o pau de Draco com saliva e a maneira ávida como ele engole e desliza ao redor de Draco com um único foco em mente. Draco não deixa de notar como a mão de Harry cai em seu próprio pau e, tão rapidamente quanto caiu, volta para o joelho de Draco com uma pegada firme. É como se a lembrança da instrução anterior de Draco para não tocar sem permissão voltasse à tona, e agarrar-se à perna de Draco o mantivesse ancorado no lugar. Draco fica feliz com isso, porque definitivamente quer ver como Harry fica quando goza, e está perto demais do próprio clímax para prestar muita atenção em qualquer coisa além da sensação de Harry o chupando. Ele consegue não gritar nenhuma declaração de amor quando o orgasmo finalmente o percorre, mas é por pouco. Tentando estabilizar sua respiração irregular, Draco desaba na poltrona e deixa Harry lambê-lo com uma ternura estranhamente felina. Draco passa o dedo pelo queixo de Harry, apreciando a vista por um momento.

"Você é tipo um crupe", diz Draco. "Ou um amasso."

"Sério?" Harry se recosta nos calcanhares e dá um sorriso lento para Draco. "Quer dizer, se você quiser que eu seja, suponho."

"Cristo, não." Draco estremece, embora a ideia de Harry na coleira tenha um certo apelo.

"Certo." Harry esfrega as mãos nas coxas, ainda observando Draco. Seu pau ainda está ereto, e ele se remexe no lugar sob o olhar de Draco. Ele está mais quieto que o normal, o que é particularmente perceptível depois da sua conversa anterior. É como se estivesse esperando por mais instruções.

"Tão educado assim", murmura Draco. "Não é?"

"Sim." As bochechas de Harry coram e ele parece envergonhado, seus lábios se contorcendo num sorriso tímido. "Um pouco."

"É porque você quer gozar?" Draco gesticula em direção ao pau de Harry e então volta a encará-lo.

"Um pouco." O ombro de Harry se levanta e abaixa. Ele respira fundo, trêmulo. "Eu... não me importo de esperar. Se você achar que devo."

Draco se sente tentado a dizer a Harry para vestir a calça e ver se ele consegue ficar uma semana sem se masturbar, antes de o fazer implorar por alívio. Draco ama negar orgasmos sempre que tem oportunidade. No entanto, com Harry, tudo parece diferente. Draco não quer que Harry não goze. Ele quer que ele goze repetidamente, até estar exausto, saciado e sensível. Ele quer que Harry se desfaça de prazer e se esqueça de quaisquer outros bruxos que possam estar de olho na sua próxima conquista, com o objetivo de transar com um herói. Draco quer que Harry se desfaça ao seu toque e se contorça, implore e suplique enquanto se estica na cama de Draco. Ele quer fazer tantas coisas que é difícil saber o que fazer a seguir. Depois de um minuto, Draco olha para o pau de Harry.

“Não quero que você espere. Quero que você me mostre o quão desesperado você está.”

"Você quer?" Harry prende a respiração, cerrando os punhos sobre as coxas. "Como?"

"Quero que você se masturbe, por todo o meu chão. Quero que mantenha os olhos abertos e se faça gozar, porque garotos desesperados precisam gozar, não é, Harry?"

"Sim, pa-papai." A voz de Harry falha e gotas de suor brotam em sua testa. Deus, Draco adora ver Harry assim. Adora ouvir o papai saindo da boca bem fodida de Harry como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ele está começando a suspeitar que pode descobrir algumas taras próprias se isso com Harry se tornar algo frequente. Algumas taras bem específicas de Harry.

“Então faça isso.” Draco mantém a voz milagrosamente calma e impassível. “Toque-se.”

“Porra, sim.” Harry leva a mão ao pau e começa a se masturbar. Seus olhos se fecham por um instante e ele os abre de repente, como se não quisesse desagradar Draco. Um gemido delicioso escapa de seus lábios entreabertos enquanto ele inclina a cabeça para trás, expondo a garganta. Draco mal consegue acreditar que tem Harry Potter nu no chão da sala e que conseguiu se conter para não tocá-lo por todo o corpo. Ele está bastante orgulhoso de si mesmo, considerando tudo. Espera que Harry aprecie sua força de vontade, principalmente porque planeja levá-lo para a cama depois disso. “Assim, papai?”

Puta merda.

"Sim. Assim mesmo." Draco começa a desejar ter guardado seu próprio pau, porque ele já está se contorcendo fracamente em resposta aos cuidados de Harry. Ele pega a varinha de Harry e murmura alguns feitiços rápidos e precisos, vestindo-se adequadamente novamente. É incrível que ele não tenha arrancado suas bolas, mas a varinha de Harry responde a ele como um sonho. A magia pulsa através de sua mão, forte e determinada, mas a varinha se rende a ele completamente. É perfeito. A visão faz os olhos de Harry se arregalarem e ele empurra para cima em seu punho, sua bunda levantando um pouco do chão enquanto faz isso. Draco engole em seco, com a boca seca. “Meu garoto safado. Você vai fazer uma bagunça em si mesmo. Uma bagunça no belo chão do papai."

“D-desculpe, eu—” Harry está suando bastante agora, com as bochechas quentes e adoráveis, seus olhos escurecendo e o esforço evidente que está fazendo para não chegar ao limite sem a permissão de Draco. Ele está aprendendo a arte da submissão tão rapidamente quanto aprendeu a voar, só que desta vez, Draco não poderia estar mais encantado com a capacidade de aprendizagem de Potter.

"Você quer gozar, não é?" Draco dá a Harry o que ele espera ser um sorriso malicioso. Ele está preocupado por já parecer um pouco sonhador, porque Harry não parece muito desanimado.

“Sim. Merlin, sim.” Harry fala com os dentes cerrados e Draco faz um tsk com a língua.

"Então me pergunte. Diga que você quer fazer uma bagunça."

A respiração de Harry falha e ele treme — um arrepio percorre todo o seu belo corpo. Draco quer lambê-lo por inteiro, quer provar seu suor e tocá-lo quando ele chegar ao clímax. Tudo o que ele consegue fazer é permanecer exatamente onde está, agarrando-se firmemente aos braços da poltrona.

"P-por favor." Harry respira fundo novamente, com a voz trêmula, acariciando-se rapidamente e soltando um gemido decadente de prazer. "Por favor, me deixa gozar, papai. Vou fazer uma bagunça. Vou ficar tão sujo pra você."

O pra você quase mata Draco, e ele se pergunta o que seu pai diria se ele morresse por causa da cara de orgasmo de Harry Potter. Nada de bom, provavelmente. Ele afasta da mente qualquer pensamento que não seja Harry e se deleita com a imagem à sua frente. Depois de sentir que Harry provavelmente já sofreu o suficiente, ele se recompõe o suficiente para falar.

“Goza pra mim, Harry.”

Com um gemido profundo, Harry pressiona o punho mais algumas vezes e então goza. Ele ejacula sobre os próprios dedos e o estômago, sujando-se completamente, exatamente como Draco havia pedido. É demais. É intenso demais. Draco encara Harry, que retribui o olhar, os últimos momentos do orgasmo o percorrendo antes de ele deixar as mãos caírem sobre as pernas. Ele parece chocado, como se não pudesse acreditar no que acabou de fazer. Draco vê o lampejo de pânico cruzar o rosto de Harry e sabe. Sabe que Harry vai se retrair completamente como um Pigmeu Puff apavorado se Draco não fizer nada. Ele vê a vergonha estampada no rosto forte de Harry, e é quase mais difícil de assistir do que o brilho inesperado de Harry ficando excitado e duro na sua frente. O abandono selvagem do momento parece deixar Harry sem forças, seus ombros ficam tensos e rígidos, suas feições destacando a repentina mortificação por estar nu.

"Sabe o que acontece quando bons garotos fazem uma bagunça?" Draco mantém a voz baixa e Harry balança a cabeça, curvando-a e mordendo o lábio. Porra, ele acha que Draco vai humilhá-lo agora? Quando ele está tão claramente abalado e inseguro? "Eles vêm para a cama para um beijo e um abraço."

"Eles vão?" Harry franze a testa e olha para Draco. Ele é todo homem. Todo linhas duras e contornos rígidos, com seu queixo barbudo e seu pau grosso e lindo, que é mais do que uma boca cheia, mesmo em seu estado flácido, aninhado em uma mata de cachos escuros. Ele é tão capaz. Tão poderoso que a magia emana dele em ondas, e ainda assim há uma inocência em seu olhar e uma incerteza nos olhos turvos que fazem Draco decidir que vai ter uma boa conversa com Harry sobre com quem ele escolhe fazer esse tipo de coisa. Não que ele queira que Harry escolha outra pessoa além dele. Isso se acumula em seu peito, uma bola feroz e protetora, e ele mentalmente balança o dedo para o seu coração, dizendo-lhe para se acalmar antes que ele se torne um idiota insuportavelmente sentimental, só porque Harry Potter se masturbou no chão dele. “Se você está brincando comigo, Malfoy—"

Draco revira os olhos e se levanta, estendendo a mão para Harry. 

“Venha para a cama, Potter. Deixe suas roupas, você não vai precisar delas.”

Harry se levanta, tropeça e, em um instante, está nos braços de Draco. Se tudo o que eles já fizeram até agora consolidou o fato de que nos divertimos sendo pervertidos juntos, o beijo consolida outra coisa. Não é tão urgente ou necessitado como antes — não é tanto um prelúdio para foder, mas sim o resultado de uma trégua estranha e provisória que os une. Draco envolve Potter com os braços e move a língua contra a de Harry, capturando cada suspiro entre seus lábios. Se os beijos anteriores de Harry pareciam inesperados, este parece o culminar inevitável dos anos que se estendem entre eles, gravados em Fogo Maldito, raiva e, finalmente, camaradagem tácita.

Draco segura a nuca de Harry e aprofunda o beijo, principalmente para se impedir de falar.

Pela primeira vez desde que Draco começou a fazer sexo, ele não tem absolutamente nenhuma ideia do que dizer.

*

"Quarto legal." Harry vasculha o quarto de Draco, a curva de seu traseiro deliciosamente destacada pela luz prateada que se filtra pelas janelas. Draco tem certeza de que há uma piada em algum lugar sobre luas e mostrar o traseiro, mas ele está tão relaxado que não consegue conectar os pontos. O constrangimento anterior de Harry parece ter desaparecido depois de quase ser perseguido escada acima, o que é um alívio. A possibilidade de ver Harry envergonhado de uma maneira positiva passa pela cabeça de Draco, mas ele deixa isso de lado por enquanto. Ele espera que eles possam explorar isso, eventualmente.

"Claro que é legal." Draco se despe e dobra suas roupas cuidadosamente, antes de se esticar na cama. Ele sempre se sentiu confortável em sua própria nudez. Ele tem um pau decente, coxas bonitas e seu espelho lhe diz que ele é bonito pra caralho na maioria dos dias. Ele sabe como é sua aparência. É uma das poucas coisas que o faz agradecer por ser um Malfoy. Há muitas pessoas que não acham que ele tem muito mais a oferecer do que um rosto bonito e dinheiro no banco. Talvez essa seja outra razão pela qual a confiança inesperada de Potter o deixa surpreso. Ele sabe que Harry poderia transar com muitas pessoas ricas e atraentes sem nenhum dos problemas de Draco. Talvez seja esse conhecimento que seja responsável pela centelha de esperança que Draco tenta não focar muito profundamente. A esperança é uma coisa perigosa. Parte dele quer esconder a marca em seu antebraço sob os lençóis, mas Harry sabe que ela está lá e que escondê-la não adiantaria muito. É engraçado como seus parceiros anteriores o trataram por causa disso. Para alguns, é o fim da sessão. Uma mancha repugnante que nenhuma quantidade de desculpas ou indícios de mudança de lealdade jamais poderá absolver. Para outros, é algo para ser lambido, acariciado e tocado com reverência fascinada. Esse tipo de reação é garantia de que o pau de Draco amolecerá mais rápido do que você consegue dizer Dolores Umbridge.

“Você está com uma ótima aparência, Malfoy.” Como se pudesse ler os pensamentos de Draco, Harry o examina de cima a baixo. Seus olhos não se demoram na Marca Negra, assim como não a evitam. Ele parece mais interessado nas cicatrizes na barriga de Draco. Sua garganta se move. “Isso é…?”

"Todos nós temos cicatrizes, Potter. Tenho certeza de que sou responsável por algumas das suas, de uma forma ou de outra." Draco passa o dedo pelas linhas salientes em sua barriga, que agora estão quase imperceptíveis. "Não comece a bancar o nobre comigo. Não suporto um grifinório com o coração partido."

“Que pena.” Os lábios de Harry se curvam em um sorriso, mas ele parece aceitar que essa conversa em particular chegou ao fim. Ele se move para a cama e se apoia, olhando para Draco. “Você é suave.”

“Eu sou o quê?” Draco olha para Harry com raiva. Isso é uma coisa muito rude de se dizer a alguém. Ele se pergunta se Potter está querendo levar uma surra, porque, se estiver, ele certamente está indo na direção certa.

“Sem meus óculos.” Harry solta uma risada, alegre e descontraída. Ele passa a mão pela curva do queixo de Draco. “Suave nas bordas.”

“Oh.” Draco bufa baixinho. Ele realmente não merece se encontrar nessa situação, infinitamente encantado pelas peculiaridades de Potter. É quase como se seu pai não tivesse lhe ensinado nada. “Bem, você parece que teve filhotes de Rabo-Córneo Húngaros fazendo ninho no seu cabelo por um mês.”

"Obrigado." Harry passa a mão pelos cabelos com um sorriso fácil que pouco ajuda a remediar a situação. "Não pareceu te incomodar quando você estava com as mãos nele."

Draco tenta não corar, mas não tem certeza se consegue. Merlin, Potter o faz agir como um virgem de dezesseis anos.

"Vamos mesmo conversar sobre isso?"

Harry dá de ombros, olhando atentamente para Draco. 

"Você quer?"

"Provavelmente deveríamos", suspira Draco. Sinceramente, ele preferiria tentar outra rodada e foder Harry até ficar arruinado para qualquer outro homem, porque Draco é ótimo em foder.

“Ou…” Os dedos de Harry se movem num movimento de toque, toque, descendo pelo torso de Draco.

"Sim?" Draco gosta do som de ou.

“Ou podemos foder e conversar sobre isso outra hora?” Harry passa os dedos pelo pau de Draco. “A propósito, eu gosto de ficar por baixo. Quer dizer, você deve ter percebido isso antes, mas nem sempre é assim. Eu gosto do outro jeito também, mas... menos.”

“Tudo bem”, diz Draco. Isso funciona. Como se não bastasse fazer o cérebro de Draco derreter só de pensar em deslizar dentro do corpo de Potter. “Isso também se encaixa nas minhas preferências.” Ele lambe os lábios, observando a reação de Harry. “Quando estou por baixo, ainda prefiro ficar no controle.”

“Porra”, diz Harry, sempre o epítome da eloquência. “Sim, com certeza vamos fazer isso em algum momento.”

Em algum momento, significa que provavelmente farão isso de novo. Mais de uma vez. Draco tenta processar a informação, e um pensamento lhe ocorre. Ele estreita os olhos. 

"Se você quiser fazer isso — as outras coisas sobre as quais aparentemente não vamos falar em particular — espero que não jogue com mais ninguém."

Harry assente, como se fosse isso que esperava. 

"Sem problemas." Ele observa Draco. "E você?"

Draco sabe que provavelmente está destinado a uma vida encontrando substitutos para o pobre Harry para lhe fazerem sexo oral enquanto ele chora em seu uísque caro depois disso, mas ele consegue mentir sem pestanejar, então é exatamente isso que ele faz. 

"Eu mando, Potter. Posso foder com quem eu quiser."

Harry rola de costas, piscando para o teto. Depois de uma pausa desesperadamente longa, ele finalmente fala: 

"Acho que isso não vai funcionar."

"Por que não?" Draco prende a respiração enquanto Harry inclina a cabeça para olhá-lo, com uma expressão séria.

“Porque se eu não for suficiente para você, acho que você nunca será suficiente para mim.” Ele suspira e esfrega o queixo. “É cedo demais para tudo isso, provavelmente, mas eu não sou bom em relacionamentos casuais. Nunca fui.”

“Devemos nos casar?” Draco não consegue resistir a um sorriso malicioso e Harry revira os olhos em resposta.

“Sim, vamos. Parece um ótimo plano.”

“Tenho muitos deles.” Draco lambe os lábios, com a garganta seca. “Eu realmente não acredito nisso. Você deveria saber disso.”

Harry encara Draco antes de rir, murmurando algo que soa como 'idiota estúpido' baixinho. 

“Eu só disse para não foder com mais ninguém, Malfoy. Não te pedi para se casar, seu idiota.”

“Eu sei.” Draco dá de ombros. “Mesmo assim. Só por precaução.”

“Sim, bem. Também não dou a mínima para isso.” Harry ainda está rindo baixinho e é realmente tentador dar uma palmada nele quando ele está sendo um idiota atrevido. “Só não quero seu pau em mais ninguém enquanto estivermos fazendo isso. Se você acha que consegue se controlar.”

“Se for esse o caso, espero que você o mantenha ocupado.” Na verdade, é ridiculamente fácil para Draco concordar em não foder com mais ninguém. Ele nunca se interessou tanto por alguém, mas não planeja compartilhar isso com Potter ainda. Ele passa o polegar pela bochecha de Harry, reprimindo um gemido quando Harry chupa seu polegar entre os lábios. “Deus.” Ele faz uma pausa para se recompor, empurrando o polegar na boca de Harry antes de removê-lo com um estalo. “Eu falei sério, você sabe. Sobre não gozar sem minha permissão. Não me importo se mais alguém estiver envolvido ou se for só você, uma revista Quadribol Semanal e sua própria mão. Você tem que pedir.”

Harry respira fundo. Ele acena com a cabeça, lentamente. Seus olhos estão escuros, e ele pressiona o rosto contra a curva do pescoço de Draco, chupando levemente. Draco arqueia o pescoço para dar a Harry o melhor acesso possível.

“Malfoy?”

“Mmm?”

“Eu realmente quero que você me foda, agora.” Os dentes de Harry mordem levemente e então seus lábios sobem pelo pescoço de Draco até sua orelha. Eles pressionam contra a concha, quentes e úmidos. "Me fode, papai.”

Com um rosnado baixo que ele mal reconhece como seu, Draco empurra Harry de volta para a cama e captura seus lábios em um beijo ardente. Eles caem juntos na cama, mais empurra e puxa do que qualquer outra coisa, e Draco ama que Harry seja assim. Ele ama a submissão e a inocência de olhos arregalados, mas também ama a luta e o fogo. Ele ama que Harry seja um pouco mais grosso nos braços do que ele e que Draco possa ser jogado na cama com a mesma facilidade com que ele pode empurrar Harry de volta para os lençóis. Ele adora que haja um calor pulsante e latejante entre os dois e a maneira como Harry se esfrega contra Draco com desejo imprudente. Ele finalmente consegue saborear o suor na pele de Harry e a suave inclinação de seu peito tonificado. Ele lambe um caminho do torso de Harry até seu pau e o chupa até ficar totalmente duro, apreciando o inchaço de Harry e o sabor salgado de antes em sua língua. O cheiro forte de suor e sêmen deveria ser repugnante, mas, como sempre, Harry é diferente. Seu cheiro desperta um desejo ardente em Draco e a necessidade de possuí-lo é avassaladora. Depois de lamber o membro glorioso de Harry, Draco se recosta e dá um tapa na coxa dele.

“Mãos e joelhos.”

"Sim, tá." Harry murmura um palavrão baixinho, suas palavras carregadas de uma nota feliz de diversão que faz o coração imprudente de Draco bater forte novamente. Ele está feliz com a mentira de antes. Que bom que Harry disse não. Já existem limites, e Harry não parece preocupado em expressá-los. Isso faz com que Draco se sinta aliviado, mesmo sabendo que deveriam conversar sobre o resto. Por enquanto, basta saber que Harry não tem escrúpulos em dizer não a Draco. Na verdade, o problema será conseguir que as malditas fantasias que ele parece tão nervoso em compartilhar saiam dele. Draco olha para Harry, de bunda para cima e pernas abertas para ele. Ele parece glorioso. Bom o suficiente para saborear. Draco reprime um gemido e pega uma varinha, invocando o lubrificante. Ele mal percebe que foi direto para a varinha de Harry novamente, mas Harry parece perceber. Isso o faz estremecer de prazer, o que o faz parecer ainda mais deliciosamente lascivo.

"Tão desesperado para foder, Harry." Draco parece não conseguir resistir a dizer coisas assim. Provavelmente porque precisa ouvir repetidamente, só para acreditar na veracidade daquilo. Pessoas que já estiveram com Draco antes queriam presentes caros ou buscavam satisfazer algum fetiche de Comensal da Morte, o que deixava Draco indiferente. Os trouxas queriam Draco principalmente porque estavam ansiosos para transar com alguém, e Draco é bom de cama. Harry já deixou claro que é mais do que isso. Harry não quer lamber a Marca Negra de Draco e chamá-lo de Meu Lorde, como se Draco quisesse ser lembrado do Lorde das Trevas quando está tentando ficar excitado. Ele não quer que Draco foda mais ninguém nem seja fodido por mais ninguém. Ele quer Draco, e isso por si só é mais vertiginoso do que quaisquer coisas pervertidas que aparentemente habitam a mente de Potter.

Harry balança o traseiro, distraindo Draco de seus pensamentos. Ele parece divertido e sem fôlego quando fala. 

“Acabou o lubrificante?”

"Atrevido." Draco dá um tapinha de leve no traseiro de Harry e isso provoca um gemido de aprovação. Ele adiciona isso à sua lista de coisas que está arquivando para outra hora. Ele fica feliz em colocar Harry sobre seus joelhos e bater nele até ele chorar se for disso que Harry precisa, mas ele não está disposto a começar a fazer muito mais do que um tapa leve até que eles tenham tido aquela conversa que ambos estão evitando. Além disso, Draco realmente quer foder. Ele desliza os dedos e os esfrega sobre o buraco de Harry antes de deslizar um para dentro. Ele quer levar seu tempo dedilhando Harry aberto, particularmente quando Harry claramente gosta disso. Harry empurra de volta e quase mia. Ele definitivamente será o responsável pela morte prematura de Draco, ofegando e empurrando de volta contra os dedos de Draco enquanto adiciona um segundo.

"Só... me fode, tá?" A voz de Harry perdeu qualquer tom de diversão. Suas palavras o deixam ofegante e ele se perde em um gemido desesperado quando Draco esfrega os dedos dentro de Harry antes de penetrá-lo novamente, com força. Tanto faz a dedada demorada. Draco se recusa a se envergonhar por quase gozar antes mesmo de estar dentro de Harry.

"Que vagabunda pelos meus dedos, Potter." Draco nem se dá ao trabalho de tentar soar como se não amasse. Só de ver Harry assim lhe dá ideias. Muitas ideias. Ideias para quando ele pode tomar seu tempo e amarrar Harry na cama, com um travesseiro enfiado sob ele e sua bunda linda em exibição para a língua e os dedos de Draco provocarem impiedosamente. Planos para brinquedos. Para suas varinhas. Para uma longa dedilhação quando a bunda de Harry estiver vermelha de uma surra impiedosa. Oh, Draco tem alguns planos muito bons e ele promete a si mesmo que vai ver até o último deles. Talvez ele devesse conseguir uma masmorra de algum tipo, afinal. Algum lugar só para Harry ser açoitado, provocado e fodido. Algum lugar para ele ser acorrentado e desesperado, chamando Draco de papai. Merlin.

"Vamos , Draco." Harry empurra os dedos de Draco. "Me fode."

Draco tira os dedos de Harry, lubrificando seu pênis e lançando um rápido feitiço de proteção. Ele não é do tipo que se irrita com camisinhas, mas não consegue fingir que não adora ser bruxo e dispensar certas necessidades trouxas de vez em quando. Lubrificante é diferente. Existem feitiços para isso também. Feitiços para se esticar, para se preparar, mas nenhum deles se compara a ver seus dedos deslizarem para dentro do lindo buraco de Potter e ouvi-lo implorar tão lindamente para que Draco o foda.

"Peça com jeitinho." Sinceramente, Draco foderia com Harry se ele respondesse com um grunhido agora, mas uma parte dele quer que Harry diga isso. Ele quer ouvir de novo. Papai. Por favor. Duas palavras que têm um significado completamente novo quando saem dos lábios de Potter.

"Por favor, me foda, papai." Harry está balbuciando agora, suas costas arqueando quando Draco pressiona a cabeça de seu pau contra seu buraco. Suas costas estão úmidas de suor e ele sussurra o apelo novamente. "Quero você dentro de mim. Quero ser um bom menino. Porra, quero usar calcinha e cetim—" ele para de falar, sua voz rouca e um gemido escapando de seus lábios. "Por favor."

Calcinha e cetim. Draco não consegue. Ele não consegue fingir que é apenas uma foda casual, porque Potter já é a morte absoluta dele. Ele penetra Harry com força. Ele se controla e então se move sem dar muito tempo para Harry se ajustar.

“Calcinha de cetim?” Draco aperta os dedos na pele de Harry, fodendo-o com força e profundidade. Ele sabe que está acertando o ponto certo quando Harry grita, e ele faz isso de novo, e de novo. “Que garoto lindo e safado. Você vai se sujar todo de novo, não é?”

Harry geme em resposta. 

“S-sim.”

“Sim, o quê?” Draco empurra Harry novamente.

“Sim, papai.”

"Você vai estragar aquelas calcinhas bonitas e caras que o papai vai comprar pra você?" A cabeça de Draco está girando. Qualquer coisa — absolutamente qualquer coisa — remotamente feminina nunca foi algo que ele tenha gostado. Ele gosta de paus eretos e jogadores de quadribol suados. Ele não gosta de laços ou babados, e renda o faz lembrar de sua mãe. No entanto, mais uma vez, uma onda inesperada de excitação percorre seu corpo ao pensar em deixar Harry bonito. Talvez seja porque Harry nunca será bonito, não de verdade. Ele tem pelos escuros e ásperos no peito e seu pênis é injustamente grosso e comprido. Ele tem aquele tipo de barba por fazer que nunca desaparece completamente, e cada parte de seu corpo é composta por linhas magras e masculinas. Não há nada remotamente feminino em Harry, e é por isso que a ideia de vesti-lo com uma calcinha que não contenha totalmente o volume de seu pau ou seus testículos é tão deliciosamente atraente. É mais sensual do que qualquer imagem que Draco tenha usado para se masturbar naquelas noites em que deixava sua imaginação correr solta.

"Ah... porra..." Harry sibila e se esfrega novamente em Draco. Não demora muito para Draco chegar ao limite. Ele desacelera, só para ter o prazer de foder Harry o máximo que puder. Ele passa o polegar pela fenda do pau de Harry e o penetra, fechando o punho rapidamente.

"Pode gozar, querido." Draco nem se importa com o carinho que sai tão casualmente de sua boca. Isso parece despertar algo em Harry, e ele empurra o punho de Draco e depois volta novamente. Seu orgasmo o atravessa, seu pênis pulsando na mão de Draco. "Garoto safado", diz Draco. Ele pressiona os lábios nas costas de Harry, sentindo o gosto do suor em sua língua e continua empurrando fundo no canal quente do corpo ávido de Harry. Não demora muito para que seu próprio orgasmo o siga. Ele o prolonga o máximo que pode, até que finalmente se solta de Harry e desaba na cama.

"Draco?" Harry parece divertido, e seus dedos pressionam o peito de Draco.

"Sai, estou dormindo." Draco afasta o braço dos olhos e pisca. Harry está ali, olhando para ele. Seus olhos lembram Draco do mar no verão. Verdes o suficiente para se afogar. Draco está ferrado. Ele toca com o dedo o sorriso inclinado para cima de Harry. "Estou dormindo.”

"Você não está." Harry parece desconfiado e pigarreia. "Aquela coisa da calcinha foi só—"

"No calor do momento?" Draco revira os olhos. "Cala a boca, nós vamos fazer isso."

"Ah." Um sorriso radiante e encantado surge no rosto de Harry. "Sério?"

"Sim, suponho que sim." Draco coloca a mão de volta sobre os olhos. Ele acha que não tem um orgasmo assim há muito tempo. Provavelmente não desde a última vez que se masturbou com Harry fazendo sexo oral nele na Sala Precisa. Uma fantasia excelente. Ele vagamente se pergunta se eles conseguiriam entrar em Hogwarts de alguma forma e fazer isso acontecer. "Você é um pervertido, Potter."

“Sim, sou.” Harry não parece envergonhado, felizmente. Ele parece satisfeito. “Desculpe por isso.”

"Não precisa se desculpar." Draco reprime um bocejo. "Tenho uma semana infernal. O Dawlish está me dando mais papelada do que qualquer outra pessoa, porque aparentemente preciso provar meu valor." Ele resiste à vontade de zombar, mas por pouco. “Por mais que eu adorasse explorar o que quer que você esteja escondendo nessa sua cabeça pervertida, vamos ter que adiar qualquer transa até o final da semana. Jantar na minha casa na sexta à noite?”

“Sim.” Harry aparentemente gosta de carinho e se aconchega ao lado de Draco, bocejando contra sua pele. “Parece um bom plano.”

Draco bufa, porque ele odeia corpos quentes enrolados nele após o orgasmo. Ele gosta de uma cama fria e de não ficar enrolado nos membros suados de outra pessoa, a menos que haja mais orgasmos envolvidos. 

“Você é uma anomalia”, diz Draco, enquanto coloca um braço ao redor de Harry e o puxa para perto. “Você também vai ser a minha morte.”

Ele não tem certeza se disse essas últimas duas coisas em voz alta, mas algo diz a Draco que ele deve ter dito, porque ele adormece com o sorriso de Potter contra sua pele.

Fim.